terça-feira, 7 de outubro de 2008

Alguém tem a resposta?

Desde o mês de maio eu estou trabalhando em Alphaville, no Centro Comercial. Claro que a minha vida melhorou muito, já que moro em Osasco e não tenho mais que fazer aquela viagem diária até a Vila Olímpia, endereço do antigo escritório.

Antes a rotina era: pegar o ônibus Vila Yara-011 na esquina da minha rua, desceu na Av. Autonomista em frente o Quartel, pegar o trem na estação Quitaúna, sentido Julio Prestes, descer em Osasco e fazer baldeação sentido Jurubatuba, descer na estação Vila Olímpia, andar até a Rua Dr. Cardoso de Melo, pegar o ônibus Vila Olimpia-094 e descer na Rua Nova Cidade, onde trabalhava.

Hoje, a rotina é: pegar o ônibus Alphaville-390 na esquina da minha rua, descer na Alameda Rio Negro, onde trabalho.

Por acaso, vcs notaram alguma diferença entre os dois roteiros? rs*

É, mas como nem tudo são flores, apesar da facilidade na locomoção, trabalhar aqui me trás alguns aborrecimentos. Além do trânsito infernal diário na ponte que liga Carapicuíba e Barueri, o povo de Barueri tem o hábito embalarem o ambiente da nobre região, e se sentirem ricos e poderosos, mesmo quando não são.

Um exemplo disso, foi a cena que presenciei na semana passada: 7:30 hs da manhã, uma chuva torrencial caia e eu, pra variar, estava atrasada e presa no trânsito da maldita tal ponte. Como todos os vidros estavam fechados, devido à chuva, começou a ficar abafado dentro do ônibus que já estava super cheio, e uma mulher acabou desmaiando. Todos ficaram assustados e começaram a socorrer a mulher que estava caindo no chão. Sentaram-na em um banco e começaram a abanar a pobre moça que começou a voltar aos poucos. Uma senhora disse que conhecia a moça e disse que a acompanharia até o seu trabalho, e pediu ao motorista que parasse próximo a empresa, fora do ponto, mas no mesmo trajeto, para que a moça fosse encaminhada com mais rapidez e sem se molhar tanto, com a chuva que não parava de cair.
Então, o motorista respondeu: "Só para no ponto, não sou chofer de ninguém!”
Ainda bem que meu ponto estava próximo, se não até eu ia lá dar uns "croks" nesse senhor egoísta e mal educado, como era de vontade de todos que estavam naquele ônibus.
Indignada, fui para o serviço e pensei nisso o dia inteiro. Imaginei se fosse a mãe desse motorista, se ele teria a mesma atitude.

No final da tarde, peguei o ônibus, agora sentido Jd. Veloso/Cid. das Flores, voltando para casa e achando o cúmulo o episódio que presenciei naquela manhã, imaginando que poucos seriam capazes de agir com tanto egoísmo, eis que em minutos eu mudo de opinião.
Um cadeirante estava no ponto e deu sinal para esse ônibus em que eu estava, pois ele é adaptado para portadores de deficiência. Ótimo! O cobrador desceu da catraca, foi até a rampa elétrica para acioná-la a descer, começou a soar um apito (bem irritante, diga-se de passagem), e nada da rampa funcionar. Mexeu aqui, mexeu ali e nada! O apito soava, mas a rampa não descia. Então, ele disse que precisava de uma chave para "destravar" a rampa, mas que a chave não estava com eles. Gente, então qual a função de uma rampa dessas se não pode ser utilizada? Criar expectativa nos cadeirantes, retirar assentos do ônibus e fazer com que caibam mais pessoas em pé? Deve ser! O moço cadeirante desistiu e pediu para o motorista prosseguir viagem que ele aguardaria o próximo ônibus e rezaria para que a rampa finalmente funcionasse, já que todos se mostraram impacientes com o cobrador. Não pela demora em atender o moço, mas pela falta da tal chave. Indignados, prosseguimos viagem, mas o maldito apito não parou de soar. E soou por mais dois pontos, quando o motorista resolveu parar o ônibus, descer, ir até a rampa, acionar uma chave, descer a rampa, depois subi-la e fazer com que o apito parasse.
Nem preciso dizer o quanto a viagem, a partir desse momento, foi agradável para o Sr. Motorista e o Sr. Cobrador. Eles e suas mães receberam "elogios" de todos passageiros, e eu continuei a me questionar:

O que leva as pessoas a serem tão egoístas com o próximo???

5 comentários:

leandrokdeira disse...

Oi Mayara,vi o link do teu blog no blog do Jairo,já passei por algumas situaçoes dessas de pegar ônibus adaptado(sou cadeirudo...rs)e qdo vao descer a rampa estao quebradas,e passo muito estress com motorista tbem viu,existem uns que só DEUS na vida deles,mas tem alguns peça raras,que fazem seu trabalho muito bem,assim cm em toda area existem os bons e os "trastes".Ahhhh moro em Barueri e concordo cm vc,tem pessoas que moram aqui que acham que sao os "tais'pelo fato de Alphaville fazer parte de Baruebas.
Bjos!

Toledo disse...

Pois é Mayara, tb vi seu blog no do Jairo..hehehe. Acredito que quando todos os cidadãos de bem se unirem contra isso, as coisas tomam rumo... No caso da Senhora que passou mal, os passageiros poderiam exigir que a deixasse no local apropriado, ou pior poderiam exigir que a levassem num pronto socorro, pois a responsabilidade pela integridade daquela passageira é do motorista e respectivo cobrador. Enfim, as pessoas precisam se unir, mas infelismente acredito que poucos seriam aqueles que aprovariam essa atitude, afinal acabariam se atrasando pra seus compromissos, não é mesmo..., mas e se fossem com elas??? Falta fraternidade e amor entre as pessoas...Tb sou cadeirante e sei como é "sola" essas coisas, mas devemos ir adelante e lutar por nossos direitos e de nossos irmãos. abraços e sucesso!!!

Mr White disse...

Caramba, é muita falta de solidariedade e de apoio ao próximo dentro de uma linha de ônibus só.... o será que Todos de Osasco são assim? tome cuidado viu Mayara hehehehe

bjos

Anônimo disse...

Vai entender ! =S

Jairo disse...

Eu fiquei cansado só de saber o trampo que era pra vc conseguir chegar ao trampo... caraca... que luta!